Greve atrasa descarregamento de quatro navios no Porto de Cabedelo; dois são petroleiros

A greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já causou um atraso de 48h a 72h no descarregamento de quatro navios no Porto de Cabedelo desde o último dia primeiro, conforme disse o presidente da Companhia Docas da Paraíba, Wilbur Jámoce.

Entre os navios que atrasaram, dois eram petroleiros. Para tentar minimizar os impactos da greve na Paraíba, o gerente-geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados da Anvisa, Paulo Biancardi Coury, veio ontem a João Pessoa elaborar um plano de ação para o Estado.

Wilbur Jácome explicou que, em média, chegam ao porto de Cabedelo seis navios petroleiros. Segundo ele, o problema é que os proprietários de postos de combustível da Paraíba não compram combustível suficiente para garantir um estoque que dure mais de uma semana.

Contudo, o medo de desabastecimento não pode ser considerado um motivo real para a elevação do preço dos combustíveis, caso contrário seria apenas especulação. Ainda assim, os gerentes de postos de combustíveis se defendem e afirmam que, para evitar que o estoque acabe logo, aumentam os preços. Apesar da alta registrada, alguns estabelecimentos mantiveram o preço normal do litro da gasolina, que pode ser encontrada por R$ 2,33 e R$ 2,32.

Paulo Coury admitiu que a greve afetou a rotina normal de liberação de cargas na Paraíba e em todo País, mas disse que está passando por todos os estados para buscar alternativas junto às agências estaduais para minimizar os impactos da paralisação. “Os portos, entretanto, são áreas de atuação estritamente da esfera federal. Por isso não podemos trabalhar em parceria com os fiscais estaduais na liberação das cargas. Mas esse trabalho não está sendo afetado estamos mantendo a rotina de trabalhos no porto da Paraíba”, argumentou.

Ele disse que o plano de ação irá contemplar os pontos mais sensíveis como a dos portos e aeroportos e que irá traças ações em que os agentes estaduais serão convocados para auxiliar o trabalho dos agentes federais. “A greve não foi decretada ilegal. Vim representando o diretor presidente da Anvisa com objetivo de, mesmo em greve, manter as atividades essenciais”, destacou.

Por Marcelo Rodrigo do Jornal Correio da Paraíba

Cabedelo na WEB com Portal Correio
(10/08/2012)

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