Um empate e onze amarelos


Na noite desta sexta-feira (1º), enquanto João Pessoa respirava os melhores momentos do Folia de Rua, com blocos saindo de vários cantos da cidade, os apaixonados pelo futebol preferiram prestigiar o jogo entre CSP e Botafogo, um 0 a 0 com 11 cartões amarelos.

Foto: Divulgação
E o que mais surpreendeu os torcedores que foram até ao Estádio da Graça não foi o jogo em si, mas, a atuação do árbitro Roberto Lima (foto), que chamou todas as atenções da platéia e da imprensa.

O experiente árbitro paraibano, oriundo das Terras do Padre Rolim, Adalberto Moésia, costuma dizer em suas entrevistas que uma boa arbitragem é aquela que não aparece no jogo, onde a participação da autoridade maior da partida se faz despercebida pelos torcedores e pela imprensa.

Juntando os fatos citados anteriormente, posso garantir que a atuação do Sr. Roberto Lima, na noite desta sexta-feira, no Estádio da Graça, foi simplesmente desastrosa, pois o mesmo conseguiu desagradar a “gregos e troianos”, com sua nítida deficiência técnica e falta de equilíbrio emocional na condução do espetáculo.

Não é de hoje que se sabe das limitações do quadro de árbitros do estado da Paraíba, todavia, uma coisa é as pessoas conviverem com falhas humanas, outra é ver um árbitro de futebol totalmente mal intencionado, que não serve nem para apitar pelada, atrapalhando um jogo profissional de futebol.

Aqui não estou questionando o resultado da partida, nem o pênalti perdido nem o gol anulado, não. Questiono as inúmeras faltas invertidas, os cartões amarelos distribuídos sem o menor critério e senso de responsabilidade, isso para ambos os lados. Se não vejamos, na condição de cronista esportivo, filiado a ACEP (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado da Paraíba), tenho a permissão de realizar o meu trabalho à beira do gramado, e essa proximidade privilegiada fez com que eu pudesse ver de perto as aberrações do Sr. Roberto Lima na condução da partida.

Aos 26, do primeiro tempo, o meia Doda do Botafogo realizou uma bela jogada pelo setor esquerdo do ataque, invadiu a área, tentou driblar seu último oponente, quando foi derrubado dentro da área, o árbitro disse que não foi nada e mandou seguir, quando o Doda estava se levantando, o goleiro Ferreira do CSP se aproximou do mesmo, colocou o dedo no rosto de Doda e o agrediu moralmente, Doda tentou se defender da ameaça, e ao se levantar, sem dizer nenhuma palavra, foi presenteado com um cartão amarelo pelo Sr. Roberto Lima, que sequer chegou a repreender o goleiro Ferreira. Um verdadeiro abuso de poder, incompetência e falta de caráter do Sr. Roberto Lima. E tudo isso aconteceu a menos de dois metros de onde eu estava.

Não dá aqui para narrar os incontáveis erros do Sr. Roberto Lima nesta partida, o que posso dizer é que vários colegas de imprensa que estavam cobrindo o espetáculo também ficaram horrorizados com a atuação do Sr. Roberto Lima.

Já não bastasse o quanto o Sr. Clizaldo Luis Maroja, em suas arbitragens, vem prejudicando o Botafogo, com claras perseguições ao Alvinegro da Estrela Vermelha, agora vem o Sr. Roberto Lima e consegue engrossar o caldo mais ainda, amarelando mais da metade do time em um único jogo. Foram 6 cartões amarelos para o Botafogo, sem critério nenhum, com isso, os atletas Thuran e Hércules chegaram ao número de três cartões amarelos cada, e terão que cumprir suspensão automática no próximo jogo do Botafogo, diante o Atlético de Cajazeiras, programado para o dia 7 de fevereiro, às 20h15, no Estádio da Graça.

Foto: Silas Batista - Globoesporte.com
Entretanto, estaria eu fazendo tempestade em copo d’água se não tivesse um time da Serra Famosa interessado em algum tropeço do Botafogo, no caso o Treze, que inclusive recentemente recebeu a presidente da Federação Paraibana de Futebol para a festa de posse da sua nova diretoria. É realmente muito “cartaz” que o time de Campina Grande possui perante a presidente da Entidade maior do futebol paraibano, haja vista que a Sra. Rosilene Gomes já deixou de prestigiar eventos importantes do futebol paraibano para comparecer como visitante ilustre nos eventos de outras federações, mas na festa do Treze ela compareceu, e como poderia perder um evento tão importante promovido pelos amigos e filiado de Campina Grande.

É só o Botafogo começar a realizar um bom trabalho dentro das quatro linhas, que os fantasmas do extracampo, muito bem equipados e articulados, começam a rondar os bastidores do futebol paraibano. Realmente este ano será um campeonato muito difícil para o Botafogo, de forma que para não correr riscos desnecessários, a melhor medida será bancar arbitragem de fora do Estado para os jogos decisivos do quadrangular final e finais do Paraibano 2013, isto é, se deixarem o Botafogo chegar até lá.


Fábio Fernandes

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