Política - Pesquisa Ibope mostra Lula 37% mais forte do que Dilma como candidato do PT.
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O ex-presidente Luis Inácio Lula
da Silva seria até 37% mais forte do que a presidente Dilma Rousseff como
candidato do PT à Presidência, se a eleição fosse hoje. Isso porque Lula teria
11 pontos porcentuais a mais do que Dilma em um dos cenários testados pela
pesquisa nacional Ibope, feita em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo
entre quinta-feira e domingo passados.
No cenário estimulado com quatro
candidatos à Presidência, Dilma tem 30% das intenções de voto, contra 22% de
Marina Silva (sem partido), 13% de Aécio Neves (PSDB) e 5% de Eduardo Campos
(PSB). Caso o PT decidisse substituir a candidatura de Dilma pela do
ex-presidente, contra os mesmos adversários, Lula chegaria a 41%, e os
adversários ficariam, respectivamente, com 18%, 12% e 3%.
Por comparação, a intenção de
votos de Lula é 37% maior que a de Dilma Rousseff. Nesse cenário, a vantagem do
candidato do governo/PT em relação à segunda colocada, Marina Silva, seria de
apenas 8 pontos com Dilma como candidata, e de 23 pontos com Lula na disputa.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada nesta quinta-feira,
o ex-presidente disse a petistas que é “burrice” segmentos do partido falarem
em “Volta, Lula”.
Em um outro cenário, com cinco
candidatos à Presidência, Dilma fica com 29% das intenções de voto, contra 21%
de Marina e 12% de Aécio. Os três perdem um ponto porcentual com a entrada no
páreo do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. O magistrado
chega a 6%, contra 5% de Eduardo Campos. Nesse segundo cenário, trocando-se
Dilma por Lula, o candidato do PT cresce dez pontos e chega a 39%. Marina cai
para 17%, Aécio permanece com 12%, Barbosa fica com 6%, e Campos cai a 3%.
Espontânea
A primeira pergunta do Ibope
sobre a sucessão pediu ao eleitor que dissesse em quem ele votaria se a eleição
fosse hoje, mas não apresentou opções. Nessa resposta, dita espontânea, Dilma
ficou com 16% das intenções de voto, contra 12% de Lula, 5% de Aécio, 4% de
Marina, 3% de Joaquim Barbosa, 3% de José Serra (PSDB), 1% de Eduardo Campos e
1% de Geraldo Alckmin (PSDB). Outros 40% dos brasileiros não souberam dizer
espontaneamente o nome de um candidato a presidente, e 13% responderam que
votariam em branco ou anulariam. Demais nomes somaram 1%.
Em comparação à pesquisa feita
pelo Ibope em março, Dilma perdeu mais da metade sua intenção de voto
espontânea. Ela tinha 35% de citações na pesquisa anterior, contra 16% agora. A
perda de eleitores coincide com a queda abrupta da popularidade da presidente
após as manifestações de rua ocorridas desde junho.
Histórico
No único cenário estimulado que é comparável ao da pesquisa de março, Dilma
também despencou. Na simulação com quatro candidatos, ela caiu de 58% para 30%
de intenção de voto estimulada. Ao mesmo tempo, Marina cresceu 10 pontos: de
12% em março, para 22% em julho. Aécio ganhou 4 pontos: de 9% para 13%. Campos
oscilou de 3% para 5%. Também foi notável a expansão do voto nulo e branco.
Entre março e domingo passado, a
taxa dos que não votariam em nenhum dos candidatos dobrou de 9% para 18% - mais
um reflexo do descontentamento dos eleitores com os políticos. O crescimento de
Marina se explica, em parte, pela inversão das preferências dos eleitores mais
ricos.