ELEIÇÕES EM CABEDELO - Pré-candidatos são usados como “laranjas” para pai e esposo chegarem à Prefeitura



Laranja Veneno
A corrida eleitoral em Cabedelo vem sendo marcada por fatos, no mínimo curiosos. De um lado, o prefeito Leto Viana (PRP) vem trabalhando em sua reeleição e, cada dia mais, reforça seu arco de aliança – que já conta com oito partidos – e sua popularidade entre a população. Do outro, Eneide Régis (PDT) – esposa do ex-prefeito inelegível Zé Régis – leva nas costas todas as condenações do marido e corre o risco de ter sua candidatura impugnada, já que a Justiça Eleitoral deixou claro que não vai permitir manobras políticas para políticos inelegíveis chegarem ao poder.

Quem também vem tendo sua candidatura questionada é Fernando Sobrinho (DEM). O vereador apoiado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) vem se valendo do poder do padrinho entre a imprensa para alavancar sua candidatura. Mas em Cabedelo, ela é vista com maus olhos e como outra manobra política para colocar o pai, Gilson Miranda, no poder. O patriarca não esconde que, em caso de vitória do filho, ele é quem ficará com a caneta na mão.

Gilson Miranda é o mesmo que trabalhou incansavelmente nas eleições passadas, captando recursos para a campanha do então candidato a prefeito, Luceninha. Porém, desviava esses mesmos recursos para a campanha do filho a vereador que custou, segundo corre em Cabedelo, mais de R$ 1 milhão.

“Fernando Sobrinho nem gosto pela política tem. Como vereador, é pífio seu mandato. Nunca apresentou uma proposta sequer para a melhoria do município. O negócio dele é criticar as festas na cidade e ir pular carnaval em Salvador e passar São João em Campina Grande e Bananeiras. O mandato dele, e isso todo mundo em Cabedelo sabe, é do pai, que sempre teve pretensões políticas e usou o filho para se realizar. Fernando mesmo, só quer sombra, água fresca e uma mesada no fim do mês”, comentam.

Situação semelhante passa a ex-primeira-dama Eneide Régis. O marido, José Régis, amarga algumas dezenas de processos na Justiça, com condenações a prisão, inclusive.

São condenações na compra de fardamentos; notas frias; extrapolação na contratação de pessoas sem concurso público; nepotismo; superfaturamento em serviços; excesso de consumo de combustíveis e em gastos de obras; não recolhimento de contribuições patronais ao Ipsemc; dentre outras irregularidades que lhe renderam desgaste, multas, inclusão na lista dos fichas sujas do TCE e a suspensão de seus direitos políticos.

Tais fatos o fizeram lançar Eneide como candidata a Prefeitura, em uma tentativa flagrante de voltar ao poder. Tentativa que pode ser desgastante para o clã. O juiz Aluízio Bezerra, coordenador do mutirão judicial do Tribunal de Justiça que condenou Zé Régis, já está alertado sobre essa manobra e declarou à imprensa que fará de tudo para impedir tal prática.

“Há muito tempo, nós estamos percebendo como políticos inelegíveis fazem a manobra de lançar parentes na ânsia de chegar ao poder, usufruir do bem público e seguir tentando dominar politicamente um município, mas essa prática tem que mudar. Muitos desses chamados herdeiros políticos terminam sendo eleitos, assumem os cargos públicos, se arvoram do poder e praticam os mesmos vícios de improbidade administrativa dos seus parentes já condenados, isto não pode continuar assim. A Justiça precisa impedir essa prática”. 


Fonte: Cabedelo em destaque (recebido via e-mail)

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