A Paraíba celebra nesta quinta (21) o dia da Síndrome de Down



Hoje é o Dia Estadual da Síndrome de Down na Paraíba. Segundo dados do Censo Demográfico 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61.996 pessoas residentes no Estado são portadoras de deficiências mentais/intelectuais, onde a Síndrome de Down está inserida, o que corresponde a 1,65% da população total. A Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad) organizou programação especial para lembrar a data.

De acordo com o geneticista, especialista há mais de 40 anos, José Arnaldo Tavares, o portador de Down tem um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam determinada síndrome.

Características faciais, como nariz achatado, olho puxado, prega no canto interno do olho, orelhas pequenas e cabelos muito finos, são típicas da Síndrome de Down.

“Entre outras características podemos destacar ainda a hipotonia, que é representada pela flacidez do tônus muscular, que gera maior elasticidade nas articulações do portador. Em casos de elevado grau, a síndrome ainda pode ser acompanhada de más formações internas, como cardiopatias. Mas pela minha experiência na área, posso dizer que apenas 15% dos portadores de Down se enquadram nesse grupo”, ressaltou.

“A frequência de casos de Down de acordo com a estimativa populacional geral é que para cada 500 bebês que nascem, um deles é portador, o que aumenta com as gestações a partir dos 35 anos (mãe), passando para a frequência de um portador para cada 300 crianças nascidas”, completou.

Kátia Lucca, mãe de Cristina Lucca, 14 anos e portadora da Síndrome de Down, admitiu que dificuldades existem, mas para a aceitação é preciso buscar informação junto aos profissionais, para ter conhecimento do que a síndrome, buscar inclusão, primeiramente em casa, entre a família, para depois poder repassar para a sociedade o mesmo entendimento. “Aprender a conviver. Essa é a realidade. As deficiências e limitações existem, mas, com dedicação, a criança adquire outras habilidades, o que a faz levar uma vida normal. O grande avanço da inclusão que já podemos ver hoje é o acesso à alfabetização”, declarou.

Kátia disse que desde os três anos de idade a filha estuda na escola regular e que há dois anos frequenta a Funad, onde encontrou o acompanhamento multiprofissional. “Além dos serviços estarem reunidos e interligados, são gratuitos. Na Funad, Cristina tem aulas de reforço, teatro, dança e informática, além de permitir que ela conviva com um grupo em que se identifica”, frisou.

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