Entenda as tecnologias dos smartphones: Bluetooth; GPS; USB (e tecnologias); Câmera e Wifi.





O Bluetooth nada mais é do que um padrão de comunicação com baixo consumo de energia e baixo alcance, pelo menos comparado ao Wifi, e assim como este a velocidade de transmissão diminui conforme a distância aumenta - o máximo geralmente é 10 metros. Em nossas análises geralmente informamos se há ou não o suporte ao Bluetooth e o seu padrão:

Bluetooth 1.0, 1.1 e 1.2: padrões praticamente extintos, "velhos", lançados ainda em 2003 (versão 1.2). O alcance ainda era pequeno e as velocidades máximas eram de 721 Kbps. Praticamente nenhum dispositivo lançado nos últimos anos utiliza esse padrão.

Bluetooth 2.0 e 2.1 (e o EDR): essa versão está presente em smartphones mais antigos ou modelos de baixo custo lançados recentemente. A melhoria mais observável desse padrão é o menor consumo de energia em relação à versão 1.2, onde a versão 2.1 (lançada em 2007) é a versão 2.0 com melhorias de criptografia, precisão do sinal e gerenciamento de energia. O EDR (Enhanced Data Rate) é opcional, fazendo com que a velocidade passe dos 721 Kbps (mesma velocidade do padrão 1.0) para 2,1 Mbps efetivos.

Bluetooth 3.0 (e o HS): é basicamente a mesma versão 2.1 do item anterior, mas capaz de alcançar velocidades de até 24 Mbps e vem com um melhor gerenciamento de energia, ambas as características herdadas do padrão 802.11 (Wifi). Apesar da maior velocidade, o Bluetooth 3.0 é retrocompatível com os padrões anteriores, e para alcançar a velocidade máxima, o dispositivo (como um fone de ouvido Bluetooth ou um relógio inteligente) deve ser compatível com o HS (High Speed), não sendo necessariamente obrigatório em algumas situações.

Bluetooth 4.0: presente nos smartphones, tablets e notebooks mais modernos, as mudanças do Bluetooth 4.0 para o 3.0 ficam por conta do menor consumo de energia. A velocidade de transmissão continua a mesma: 24 Mbps, de forma que um smartphone com Bluetooth 3.0 poderia se comunicar com outro com Bluetooth 4.0 sem perdas de velocidade.

Tecnicamente falando, todos os padrões são compatíveis entre si, embora possam aparecer algumas exceções. A velocidade ficará limitada ao padrão menor, como geralmente acontece quando há compatibilidade, sendo uma situação semelhante à de inserir um pendrive padrão USB 2.0 em uma porta USB 3.0: a velocidade máxima será de 480 Mbps.


GPS


O GPS é uma sigla para "sistema de posicionamento global" (em inglês) e embora o seu funcionamento em detalhes seja bastante complicado, a ideia geral é bastante simples. Quando ligamos o GPS de nosso smartphone, a localização que vemos no mapa (como o Google Maps) é a triangulação feita por 4 satélites, onde cada um deles compara a coordenada obtida com a dos outros 3 para melhorar o posicionamento.

Smartphones mais modernos trazem ainda mais dois recursos: o A-GPS e o GLONASS:

A-GPS: conhecido como "GPS Assistido", esse recurso faz uso de uma conexão de dados com a antena de sua operadora (a mesma que está enviando o sinal 3G/4G) para localizar os satélites mais rapidamente, em alguns casos até 40 vezes mais rápido. Esse recurso é especialmente útil em áreas urbanas muito densas, onde o grande número de altos prédios pode interferir na localização. Caso o usuário esteja em uma área sem conexão de dados, o aparelho irá funcionar apenas com a função GPS.

GLONASS: a grande maioria dos smartphones, assim como outros dispositivos com GPS, utilizam a rede de satélites americana para obter dados de localização. Modelos mais recentes utilizam também o GLONASS, sistema de satélites russo (GLONASS é Sistema de Navegação Global por Satélite...só que em russo) que ajuda na hora de localizar o dispositivo, já que mais satélites estão envolvidos.


USB (e tecnologias)

A porta USB dos smartphones, em especial nos modelos mais avançados, trazem funções que vão muito além de carregar a bateria e transferir dados entre eles e o computador. Vamos conhecer as três mais comuns:


USB Host: é um nome muito bonito para dizer que o seu aparelho é capaz de acessar dispositivos de armazenamento externos, como pendrives e até mesmo HDs Externos. Não são todos os smartphones que suportam essa função e para usá-la é necessário, normalmente, um adaptador micro USB para USB fêmea. Tablets Android de baixo custo normalmente trazem essa função e já vêm com o adaptador, uma vez que a implementação do USB Host não é tão caro para o fabricante.

MHL (Multimedia High-Definition Link): uma excelente ideia e raramente utilizada pelos usuários, o MHL permite, através de um cabo micro USB - HDMI, assistir vídeos com qualidade Full HD em até 7.1 canais na televisão ou outro dispositivo compatível, ou mesmo espelhar um jogo, já que os smartphones atuais trazem processamento de sobra para isso. Quando a porta USB traz suporte ao MHL, elimina-se a necessidade de uma porta micro HDMI, mas é necessário adquirir um cabo à parte e conectar o smartphone a uma TV ou monitor que também suporte MHL, bastante comuns nos modelos mais atuais.

USB On-The-Go: mais conhecido como OTG, permite que outros dispositivos acessem os dados do seu smartphone. Essa é uma função muito comum em docks de música: basta conectar o smartphone nele e começar a reproduzir músicas. Esse é o motivo por que muitos docks trazem um conector P2 junto com a conexão principal, já que muitos smartphones, principalmente os mais simples, não suportam esse recurso

Câmera


No final das contas, a qualidade da câmera fica por conta de uma combinação harmônica entre o sensor de luz e o tipo de lente utilizada. Em muitos casos a quantidade de megapixels pouco importa, fazendo com que modelos com 13 megapixels de resolução ou mais sejam mais marketing do que propriamente sinônimo de qualidade. Há algumas exceções, como é o caso do Lumia 1020, mas, novamente, o importante é o sensor PureView que é o grande diferencial, não os 41 megapixels.

De qualquer forma, smartphones e mesmo tablets com boas câmeras compartilham duas características: um bom conjunto de software e recursos extras que podem ser especialmente úteis em muitas situações, em especial para os usuários que estão acostumados a utilizá-los para todas as situações e não fazem questão de uma câmera à parte.

Gravação e foto simultânea: o nome é bem auto-explicativo, mas sua utilidade vai além de um recurso que ninguém vai utilizar, que é tirar uma foto separada durante a gravação do vídeo, geralmente não utilizando todos os megapixels da câmera. Isso elimina a necessidade de visualizar o vídeo para encontrar o frame desejado que, por utilizar compressão de vídeo, pode não resultar em uma foto com boa qualidade. Smartphones mais básicos não possuem esse recurso pois ele é não só dependente do sensor, que é mais caro, como também exige uma configuração mais parruda.

Detecção de faces: este recurso funciona reconhecendo os padrões do rosto, como olhos, nariz e boca. Até aí, nenhuma novidade, certo? Porém, a vantagem vai além do simples reconhecimento. Ao detectar o padrão, a câmera já se programa para focar nessa área da foto sem que o usuário precise focar manualmente. Smartphones mais avançados fazem uma coisa ainda mais legal: só tiram a foto quando todos estão de olhos abertos, recurso interessante para eliminar a necessidade de tirar várias fotos em sequência.


HDR (High Dinamic Range - Grande Alcance Dinâmico): em situações onde há uma grande variação de luminosidade, como em um pôr-do-sol, câmeras mais básicas costumam utilizar o ponto mais iluminado como referência (no caso, o Sol) e deixar o resto mais escuro, algo que acontece em situações de pouca luminosidade também. O HDR resolve isso adotando uma variação maior de tons como referência, geralmente interpolando a mesma imagem com vários níveis de exposições diferentes. Em ambientes fechados com iluminação uniforme ele é até dispensável, mas paisagens ficam bem melhores com HDR, recurso embutido no próprio sensor da câmera.


Estabilização de vídeo: esta costuma aparecer de forma abreviada como OIS (Optical Image Stabilization) e resolve o principal problema de tirar fotos com o smartphone: tremer a mão. Quando um fotógrafo tira uma foto com uma câmera profissional, geralmente a máquina fica sobre um tripé que garante a estabilidade, algo pouco provável em um smartphone, em especial em instant shots. O OIS basicamente estabiliza a imagem projetada no sensor antes de convertê-la para sua forma digital, trabalho feito no próprio sensor, no caso dos smartphones, como o UltraPixel (HTC One) e PureView (Nokia 808 e Lumia 1020).


Flash Xenon: podemos considerá-lo como uma evolução natural ao flash de LED duplo, presente em muitos modelos top de linha. As principais vantagens aqui são duas: a primeira é a maior distância alcançada – tipicamente 3 metros, o suficiente para iluminar uma sala pequena sem problemas. Em segundo lugar, a iluminação é mais "suave" e tende a ser menos granulada do que o flash LED, o que faz com que as fotos fiquem menos distorcidas mesmo de perto. Do outro lado da moeda há uma desvantagem que merece ser citada, que é o maior consumo de bateria durante o uso.



Wifi

Qualquer smartphone atual possui uma antena Wifi, mesmo os mais básicos e antigos. As velocidades podem variar bastante de um modelo para outro, assim como a qualidade do sinal, e mesmo com a evolução de nossas redes 3G e 4G, é difícil encontrar quem não faça questão de se conectar ao Wifi quando este está disponível. Vamos conhecer as principais tecnologias incorporadas às antenas Wifi:

Padrões: grande parte dos smartphones, mesmo os mais básicos, podem se conectar aos padrões B, G e N dos roteadores. Já os mais avançados se conectam ao padrão A, e temos um artigo dedicado a esses padrões, onde explicamos os detalhes de cada um deles. Os mais recentes e, claro, mais caros suportam ainda um quinto padrão, que é o AC, suportando velocidades que passam de 1 Gbps e está disponível apenas nos roteadores mais recentes, ideal para quem tem um tráfego intenso na rede local.


Dual-band: resumindo de forma simples, o suporte recente a duas bandas significa apenas que o smartphone pode se conectar a redes de 2,4 GHz (padrão b/g/n/ac) e 5 GHz (padrão a). Alguns suportam os dois, mas não de forma simultânea, conectando-se ao padrão que oferece menos atrasos e mais performance. Os que suportam os dois padrões simultaneamente priorizam determinados tipos de tráfego no padrão que for mais recomendado de forma automática sem ter que estabelecer uma nova conexão, melhorando significativamente a performance em redes Wifi.

DLNA (Digital Living Network Alliance): embora não se trate de uma tecnologia totalmente nova (chegou ao mercado em 2003), a sua ideia é muito legal. Em geral, nossos roteadores suportam uma capacidade de tráfego muito maior que o plano que contratamos, então por que não usá-la para fazer streaming local de dados? O DLNA permite que isso aconteça com pouca ou nenhuma configuração, tornando simples o processo de "jogar" um vídeo do seu smartphone para a televisão à la Tony Stark, desde que o smartphone e a TV suportem DLNA.


Wifi Hotspot: recurso mais conhecido como tethering, é quando utilizamos o nosso smartphone como um "roteador Wifi", distribuindo internet de nosso plano 3G/4G. Essa é uma boa alternativa para quem está em um local sem internet e precisa trabalhar no laptop. Basta habilitar a rede, conectar o laptop ao smartphone através do Wifi (ou Bluetooth ou USB, este útimo carregando a bateria do smartphone simultaneamente) e começar a usar.


Wifi Direct: como o próprio nome diz, esse recurso permite a troca de arquivos entre dois smartphones sem roteador, algo parecido com conexões ad hoc ou ao Bluetooth. A vantagem? Bem, as velocidades são bem maiores, bom na hora de compartilhar um vídeo. Em alguns casos esse recurso tem um nome chique, como Android Beam (linha Nexus do Google) ou S Beam (Galaxy S3/S4/Note II e III), mas é a mesma tecnologia.

Fonte: Canaltech 




Postagens mais visitadas deste blog

COMER PODE, BEIJAR, NÃO!

Conheça o Farol da Pedra Seca

Cabedelo se despede do ex-jogador Missinho.