Em Cabedelo - O Centro Municipal de Saúde Leonard Mozart – Policlínica – oferece tratamento e acompanhamento gratuitos para fumantes.



Neste domingo (31), comemora-se o Dia Mundial Sem Tabaco. A data foi criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

O tabagismo é reconhecido pela OMS como uma doença epidêmica que causa dependência física, psicológica e comportamental, semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas, como álcool, cocaína e heroína. E essa dependência ocorre pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco e obriga os fumantes a inalarem substâncias tóxicas, cancerígenas e até radioativas.
 
A morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco fez com que o Governo Federal, através do Ministério da Saúde e com o apoio do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), criasse o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) e, através dele, os Centros de Referência e Abordagem ao Tratamento do Fumante (CRATF), que são habilitados pelos Municípios junto ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Cabedelo, o CRATF está instalado na sala 36 do Centro Municipal de Saúde Leonard Mozart – Policlínica. Lá, fumante tem ao seu dispor, de forma gratuita, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e um médico pneumologista, e participam de terapias individuais e/ou em grupos, além da terapia medicamentosa, de acordo com a necessidade de cada caso.

O psicólogo Moisés Anton, coordenador do serviço, destaca que o tratamento oferecido pelo Centro faz com que 35% dos fumantes abandonem o vício. Atualmente, o Centro recebe em média 30 pacientes por mês, um número baixo, considerando a quantidade de fumantes e o alto índice de enfermidades relacionadas ao tabagismo que são diagnosticados no município.

"Além de diversos encaminhamentos a uma equipe multidisciplinar, são realizadas atividades grupais, em que os pacientes participam de sessões compartilhando experiências e interagindo com ações educativas que atuam de forma eficaz no combate ao vício. Aliado às atividades grupais, há também o apoio medicamentoso”.

O CRATF realiza dois tipos de tratamento:  o tratamento por BUP (nome comercial do medicamento cloridrato de bupropiona), através de antidepressivos, que tem efeito de auxiliar no abandono do cigarro; e o tratamento por reposição de nicotina, através de adesivos e até chicletes, que diminuem os efeitos da síndrome de abstinência.

“O paciente deve enfrentar a dependência química, menos complexa que o comportamento de fumante, aqueles hábitos que foram adquiridos ao longo tempo. O consumo do tabaco não só mata, como faz com que as pessoas vivam mal, aumentando o risco de doenças graves como câncer, AVC, problemas de circulação, pressão alta, etc. Acredito que o tabagismo está entre os principais motivos que levam pessoas a óbitos que poderiam ser evitados", alertou o psicólogo.

O CRATF está localizado na Travessa São Sebastião, s/n, bairro de Camalaú. O Centro funciona às quintas-feiras, a partir das 13h00. Para ter acesso, o paciente que deseja parar de fumar também pode obter informações através do telefone (83) 3250-3280.

Redução do número de fumantes - Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014 indicam que 10,8% dos brasileiros mantêm o hábito de fumar. O índice é maior entre os homens – 12,8% contra 9% entre as mulheres. Os números, divulgados na última quinta-feira (28) pelo Ministério da Saúde (MS), representam uma queda de 30,7% no total de fumantes no país nos últimos nove anos.

Ainda de acordo com o estudo, o consumo de cigarros no Brasil é maior na faixa entre 45 anos e 54 anos de idade (13,2%) e menor entre jovens com idade entre 18 anos e 24 anos (7,8%).

A pesquisa mostra também que 21,2% dos brasileiros se declaram ex-fumantes, sendo 25,6% dos homens e 17,5% das mulheres.

O MS alerta que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes todos os anos no Brasil – 25% delas por angina e infarto do miocárdio, 45% por infarto agudo do miocárdio (abaixo de 65 anos) e 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar.

O hábito também responde por 90% dos casos de câncer de pulmão no país, sendo que, entre o restante, um terço é fumante passivo. Esse tipo de tumor é considerado o mais letal e umas das principais causas de morte no Brasil.

A estimativa do governo é que 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país este ano.


Fonte: PMC

Postagens mais visitadas deste blog

COMER PODE, BEIJAR, NÃO!

Conheça o Farol da Pedra Seca