Educação - Senador Cássio propõe um compromisso com as crianças e com o futuro do país
Cássio Cunha Lima defendeu na
Tribuna do Senado que governo e oposição deviam aprovar a Medida Provisória
586, de 2012, que dispõe sobre o apoio técnico e financeiro para o Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. O documento inicial previa que todas
as crianças brasileiras até os oito anos de idade soubessem ler e escrever. No
entanto, o senador pediu que a meta limite do aprendizado das letras passasse a
ser de seis anos – no primeiro ano do ensino fundamental – atendendo à
tendência de países desenvolvidos.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR)
propôs emenda para a redução da idade de letramento de oito para seis anos. Por
38 votos contra e 24 a favor, com uma abstenção, a proposta do senador do PSDB
foi rejeitada e prevaleceu a idade prevista na MP, que foi aprovada na noite
desta terça-feira, 26 de março. O senador Cássio lamentou a decisão. “O Governo
Federal usou mais uma vez a sua maioria e derrotou a proposta do limite de seis
anos para alfabetização das nossas crianças”, disse.
Durante o debate no plenário o
senador explicou que o contexto da medida provisória era positivo e que a
oposição era a favor da aprovação, mas registrou que era preciso corrigir um
“grande equívoco”. “A idade proposta está errada e precisa ser reduzida”.
Cássio defendeu ainda que não poderia haver uma diferença entre os alunos de
escolas públicas e privadas no Brasil. “Esse é um compromisso que devemos
assumir para que todos nós possamos olhar para nossas crianças, mostrar que
temos um pacto com a sociedade e com o futuro do país”.
Momentos antes, o senador
Cristovam Buarque (PDT-DF) – citado pelo senador Cássio como “a principal
referência em educação do Senado” – também fez um apelo para a redução da meta
de idade para que as crianças do Brasil possam aprender a ler e escrever até os
seis anos.
Na tribuna, Cássio concordou e
repetiu a fala de Cristovam: “Se os nossos filhos estudassem em escolas
públicas, não aceitaríamos a idade de oito anos. Essa idade é um retrocesso
para a construção de uma sociedade libertária”.
Foto: Jaciara Aires
Assessoria