SAÚDE - Campanha contra hanseníase quer examinar 139,7 mil alunos na Paraíba.



Agentes vão avaliar manchas no corpo dos estudantes
(Foto: Divulgação/PMBV)
Uma ação de diagnóstico e tratamento da hanseníase, iniciada nesta segunda-feira (10), deve passar por mil escolas de 56 municípios da Paraíba. A meta do Ministério da Saúde é examinar e tratar mais de 139,7 mil alunos em todo o estado. Para isso, agentes comunitários de saúde e equipes do Programa Saúde da Família estão indo às escolas para avaliar crianças e adolescente dentro da “Campanha Nacional de Hanseníase, Geo-helmintíases e Tracoma”.

Durante toda a semana, os profissionais vão visitar as escolas em busca de alunos que apresentem sinais e sintomas das doenças para aumentar o diagnóstico precoce e identificar comunidades em que a hanseníase, tracoma e verminoses ainda persistem. Os casos suspeitos de hanseníase serão encaminhados à rede básica de saúde para confirmação e início imediato do tratamento.

Serão distribuídas fichas de autoimagem para as escolas que participam da campanha. Nas fichas, com desenho do corpo humano, os responsáveis vão marcar onde as crianças têm qualquer tipo de macha na pele, para serem avaliadas pelas equipes da atenção básica. No ano passado, 114,5 mil estudantes receberam a ficha de autoimagem na Paraíba e 5,3 mil casos suspeitos foram encaminhados para unidade de saúde, mas nenhum caso foi confirmado.

A partir de um diagnóstico positivo de hanseníase, será possível descobrir se há outros casos na família ou comunidade, evitando a transmissão da doença. “Quando uma criança está com hanseníase, significa que alguém do convívio dela também esteja. Razão pela qual os profissionais de saúde também vão examinar familiares e outras pessoas do mesmo convívio. A hanseníase tem cura e a transmissão é interrompida já no início do tratamento”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Antônio Nardis.

A taxa de prevalência de hanseníase caiu 25,7% em 10 anos, no Brasil, passando de 1,71 pessoas em tratamento por 10 mil habitantes, em 2004, para 1,27 por 10 mil habitantes, em 2014. Na Paraíba, a taxa de prevalência de hanseníase em 2014 foi de 1,06 caso por 10 mil habitantes.

Tracoma e verminose
Realizada em conjunto com as prefeituras, a campanha também combate tracoma e verminose e é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde por tratar, de forma conjunta, as três doenças. Para a realização da campanha, o Ministério da Saúde repassou R$ 243 mil para a Paraíba.

A iniciativa pretende reduzir a carga das verminoses (parasitas intestinais conhecidos como lombrigas), que causam anemia, dor abdominal e diarreia, com o uso de vermífugo preventivo. Esses parasitas podem prejudicar o desenvolvimento e o rendimento escolar da criança. Já a busca pelos casos de tracoma são feitos por meio de exame dos olhos. O tratamento é com dose única de antibiótico para os casos positivos e seus contatos próximos.


Fonte: G1/PB


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